E o Galo cantou... e ele cantou de novo... cantou mais uma vez... e os grilos sumiram!... olhe, cantou novamente, e cadê os grilos?, e tome mais uma cantada... outra... outra... ué? só um Galo cantou?... o que houve com os outros?... Uns estão de ressaca da quinta-feira, outros viajaram, outros decolaram que nem avião, outros estão dormindo e com preguiça de cantar, outros estão no fuso horário certo, ué? e esse galo cantor?... deve estar preocupado com tamanho silêncio, e resolveu cantar. Có-có-ró-cóóó! (já se foram 13 cantadas)
E o Galo volta à dormir, no silêncio da noite, e assim escutam-se ruídos ao fundo...
Grilos? não, Gatos? não, Morcegos? não?, outros Galos?, também não, e o que são? Fantasmas soltos pelas ruas!, que nem zumbis, cheirando a álcool cantando: "pi, pi, pi, pi, pi, piradinha..."
Ouvindo isso, o Galo põe-se a dormir, pensando não ver esses fantasmas, esperando o sol nascer para fazê-los sumir que nem vampiros que veem o sol.
E antes disso, canta: Có-có-ró-cóóó!
Em tom de despedida, como querendo dizer: Boa madrugada!
ALESSANDRO DE OLIVEIRA ARANTES
Nenhum comentário:
Postar um comentário