sábado, 10 de maio de 2014

UM OLHAR

Um silêncio
Um algo que nos inquieta
Um rastro de sentimento
Um tom no ar.

O Silêncio que nos rodeia
Presente e nos rodeia,
No ar sideral
No corpo espacial.

De sutileza bela,
Tranquila e que nos amedronta,
O símbolo de sossego e paz,
Que necessitamos para nos acalmar.

Como a luz que arde,
Como o som que é neutro,
Um ar de feixes
Ao mais fundo silenciar.

De tez tenebrosa,
Sutil, fria e sólida,
O medo de silenciar
E ficar oculto.

Nosso inconsciente nos mostra
Quando nos silenciamos
Eis a ele se manifestar
E nos fazer sonhar.

Um ar que nos dá a paz,
Como um toque, um sentimento no ar
Ao caminhar das águas
Ao soar dos sinos das catedrais.

No falar dos sons
Silenciando marcas
Que nos fazem lembrar
Da razão de tudo.

Oculta em nosso ser
Como uma chama que queima,
Uma energia vital e plena
Sentindo o princípio da vida

À luz, no oculto de nosso olhar
Janelas da alma
Ao grande passo a se guiar
Ao ponto final.

ALESSANDRO DE OLIVEIRA ARANTES

RASTROS (Poesia)

Pensamentos que voam,
Imagens que ilustram,
Começo de uma era,
Daquilo que é e será,
Num repouso de vida,
Solenemente à luz ilumina,
Serena e plena,
Alba luminosa,
Assim vem nos tocar.

Laços da perdição,
Cristais do ego,
Sonhos azúreos,
Resplandescer de ilusão,
Como assim se comporta,
A mais sincera canção,
O despertar de um ser,
Desejos, ares e vozes,
Num cantarolar de pássaros.

Num abismo de rosas,
Sinto um ar doce,
Sereno e úmido,
De toques suaves,
Sons leves e áridos,
No começo de uma canção,
Que diz o poeta,
Sereis à luz do mundo moderno,
Sereis um dom nessa dimensão.

Ao cantarolar das folhas,
Das perdizes esvoaçantes,
De alvorar belo,
Cânticos serenos,
És assim, uma casa,
Uma árvore e um doce lar,
Leveza e serenidade,
Ao simples despertar,
De uma nova manhã.

ALESSANDRO DE OLIVEIRA ARANTES