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sexta-feira, 17 de maio de 2013
O Discurso
Definição conceitual
Discurso é toda situação que envolve a comunicação dentro de um determinado contexto e diz respeito a quem fala, para quem se fala e sobre o que se fala.
Quanto à fala, na narração pode vir de três formas: discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre.
Vejamos cada um dos tipos de fala das personagens a seguir:
Discurso Direto
O discurso direto é o registro das palavras proferidas por uma personagem. O narrador deve expor a fala da personagem através do recurso gráfico: travessão ou aspas. É um tipo de discurso alheio a quem narra a história, ou seja, não há interferência por parte do narrador.
Alguns verbos, chamados de elocução, são utilizados no começo, no meio ou após os discursos, são eles: dizer, perguntar, responder, exclamar, ordenar, falar, protestar, contestar, alegrar, alegar, concordar, etc..
Exemplo:
- Por que você não vai à festa? – perguntou Maria.
João, muito feliz com a pergunta, respondeu:
- Sim, vou acompanhar você, ou achou que a deixaria ir sozinha?
Discurso Indireto
O discurso indireto é definido como o registro da fala da personagem sob influência por parte do narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para que haja entendimento quanto à pessoa que fala. Além disso, costuma-se citar o nome de quem proferiu a fala ou fazer algum tipo de referência. Observe:
Discurso direto:
- Eu vou à festa se você me acompanhar. – disse João.
Passando para o Discurso Indireto:
João disse que ia à festa se Maria o acompanhasse.
Discurso Indireto Livre
O discurso indireto livre ocorre quando a narrativa é interrompida para dar lugar a uma fala da personagem sem, contudo, utilizar o recurso gráfico (aspas, travessão) do discurso direto. As falas ou pensamentos das personagens surgem abruptamente durante a narração e, por este motivo, o leitor deve estar atento ao que lê.
Exemplo: Maria falava muito baixo, quase cochichando, independente de onde estava. Não achava ético conversar, mesmo que com o som da voz moderado, normal para a maioria. Conversar para os outros ouvirem? Para que? E todo mundo tem que saber o que faço ou o que penso? Alguns pensavam que era timidez, mas ela não se importava.
Referências:
VILARINHO, Sabrina. Discurso. In: Organização dos discursos e suas modalidades. Seção: Redação. [Artigo]. São Paulo: Mundo Educação, 2011. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/discurso.htm. Acesso em 16/05/2013.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
A romanização e o latim vulgar (Aspectos gerais)
ARANTES, Alessandro de Oliveira (UERN)
Introdução
Todas as línguas ibéricas derivam do Latim, exceto o Basco. A origem do português remonta ao Latim, desenvolvendo-se após a evolução da língua latina vulgar, misturada aos dialetos da península ibérica na época das colonizações. Nessa região, foram desenvolvidos dialetos nativos, que ao se misturarem ao Latim vulgar, deram origem a outros dialetos mais fortes, entre os quais, foram formadas vulgarmente, adquirindo aspectos de pronúncia e escrita diferentes da padrão latina, passando a adotar vocábulos comuns entre as duas línguas, além dos neologismos criados.
Aspectos históricos
Na península ibérica, as antigas línguas, chamadas de neolatinas, eram línguas variacionais, que por sua vez possuem base latina, entre elas destacam-se: o galego-português, o astur-leonês, castelhano, navarro-aragonês e catalão, sendo que, esta última, bem diferente das demais línguas, assim como o basco, que evoluiu do provençal, além disso, o mirandês, uma língua leonesa, falada em Portugal, também são considerados descendentes do Latim. Na Espanha, são oficiais o Castellano, ou língua de Castela e Navarra, conhecido como o Espanhol Padrão, o Galaico ou Galego, língua da região de Galiza, e o Catalão, da região da Catalunya, já o Euskara ou Basco, por ser falado por uma minoria, também é um língua oficial da Espanha, mas muitos bascos, assim como os catalães, não se consideram espanhóis.
Aspectos evolutivos
Como o latim vulgar era a língua da maioria da população romana, ela se espalhou para várias regiões da Europa, através das conquistas e expansão do território romano, sendo a principal causa do surgimento das línguas, a mistura de dialetos, vocábulos romanos, impostos aos povos submissos ao império, mas que preservaram as suas línguas nativas, misturando-as a língua imposta pelos conquistadores. Existem muitas semelhanças entre as línguas neolatinas, principalmente na escrita e significação das palavras, já na pronúncia e fala, as diferenças são mais notáveis, mas mesmo assim, percebemos algumas semelhança, como por exemplo: no latim: Passione> Português: Paixão; onde notamos a evolução na escrita, por a pronúncia ter sido modificada ao longo dos anos.
Considerações finais
Essas evoluções são apenas uma parte do montante linguístico que nos rodeia, e que damos pouca atenção, mas mesmo assim, aprendemos mais sobre a língua quando estudamos o seu passado, e percebemos o quão rica ela é, por ser uma mescla de várias culturas, representadas através das palavras, que compõe o nosso vocabulário, e que faz da língua portuguesa, uma das mais importantes da humanidade.
Referências:
CARDEIRA, Esperança. O essencial sobre a: História do português. MATEUS, Maria Helena M.& VILLALVA, Alina (Orgs.) Coleção Essencial: Editorial Caminho. Portugal, 2006.
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