sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ode: 9ª Sinfonia de Beethoven

Letra da 9ª Sinfonia de Beethoven em português

Baixo
Ó, amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais prazeroso
E mais alegre!
Baixo. Quarteto e coro
Alegria, formosa centelha divina,
Filha do Elíseo,
Ébrios de fogo entramos
Em teu santuário celeste!
Tua magia volta a unir
O que o costume rigorosamente dividiu.
Todos os homens se irmanam
Ali onde teu doce vôo se detém.
Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável
Rejubile-se conosco!
Sim, mesmo se alguém conquistar apenas uma alma,
Uma única em todo o mundo.
Mas aquele que falhou nisso
Que fique chorando sozinho!
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até a morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!
Tenor e coro
Alegremente, como seus sóis corram
Através do esplêndido espaço celeste
Se expressem, irmãos, em seus caminhos,
Alegremente como o herói diante da vitória.
Coro
Abracem-se milhões!
Enviem este beijo para todo o mundo!
Irmãos, além do céu estrelado
Mora um Pai Amado.
Milhões se deprimem diante Dele?
Mundo, você percebe seu Criador?
Procure-o mais acima do Céu estrelado!
Sobre as estrelas onde Ele mora!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

FELICIDADE

A suprema felicidade consiste em sermos amados por nós mesmos; melhor ainda, consiste em sermos amados, apesar de nós mesmos.

Victor Hugo

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Reflexão

Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.

O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.
Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido...

E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.

Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima, da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo. E disse à ela:

- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.

A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.
Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.
Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam, lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas.

Então ela passava direto.

Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu.
Ela chegou em casa e levou um susto!

Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas.
A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido.
Seu pai então respondeu:

- Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família.

Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela.
Cuide das pessoas que você ama!

E você?
Tem cuidado das bênçãos que Deus tem lhe dado?
Lembre-se da flor, pois como ela são as bênçãos do Senhor:
Ele nos dá, mas nós é que temos que cuidar delas.

Fonte: http://mensagensepoemas.uol.com.br/amor/mensagem-de-reflexao-sobre-o-amor.html

terça-feira, 21 de julho de 2009

Mais acidente de moto na entrada de Macau RN

Mais um acidente envolvendo moto, e por ironia do destino o acidente ocorreu no mesmo local e hora onde na semana passada, (17/07/2009, 19h) aconteceu de uma mota perder o equilíbrio por causa de um buraco no asfalto, acarretando o falecimento dos dois passageiros que estavam na moto. O de hoje, a vítima foi levado as prças para o hospital de Macau, e mais ou menos 20 minutos depois a ambulãncia foi para Natal, certamente com a víta. Até agora ainda não sei do estado real da vítima.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

SONETO S


LXXVII

Não há no mundo fé, não há lealdade;
Tudo é, ó Fábio, torpe hipocrisia;
Fingido trato, infame aleivosia
Rodeiam sempre a cândida amizade.

Veste o engano o aspecto da verdade;
Porque melhor o vício se avalia:
Porém do tempo a mísera porfia,
Duro fiscal, lhe mostra a falsidade.

Se talvez descobrir-se se procura
Esta de amor fantástica aparência,
É como à luz do Sol a sombra escura:

Mas que muito, se mostra a experiência,
Que da amizade a torre mais segura
Tem a base maior na dependência!

Cláudio Manuel da Costa

I

Para cantar de amor tenros cuidados,
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento;
Ouvi pois o meu fúnebre lamento;
Se é, que de compaixão sois animados:

Já vós vistes, que aos ecos magoados
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento;
Da lira de Anfião ao doce acento
Se viram os rochedos abalados.
Bem sei, que de outros gênios o Destino,
Para cingir de Apolo a verde rama,
Lhes influiu na lira estro divino:

O canto, pois, que a minha voz derrama,
Porque ao menos o entoa um peregrino,
Se faz digno entre vós também de fama.

Cláudio Manuel da Costa

sábado, 18 de julho de 2009

Brasil - Nova Reforma ortográfica



Essas são as reformas feitas pelo povo brasileiro, que ainda não entendeu onde essas mudanças foram aplicadas, vejam e olhem atentamente para elas e notem as novas mudanças na grafia feitas por quem se precipitou em usá-las.

Receita Caseira de Minas

Culinária

[Receita cazêra minêra de:] Receita caseira mineira de:

[Moi de repôi nu ái iói] Molho de repolho no alho e óleo

[Ingrdiente:] Ingredientes:

[5 denti di ái] 5 dentes de alho

[3 cuié di ói] 3 colheres de óleo

[1 cabess di repôi] 1 cabeça de repolho

[1 cuié di mastumati] 1 colher de molho de tomate

[Sá agosto] Sal a gosto

[Modi fazê] Modo de fazer

[Cascá o ái, pica o ái i soca o ái cum sá, quenta o ói na cassarola;
foga o ái socado no ói quentim junto cum ái fogado; pô a mastumati i mexi cum a cuié prá fazê o môi;
Sirva cum róis e melete. Isso é bom dimais da conta sô.]

Primeiro descasque o alho, depois pique o alho e soque com sal, esquente o óleo na caçarola; coloque o alho socado no óleo quente junto com o alho refogado; ponha o molho de tomate e mexa com uma colher
para fazer o molho; Sirva com arroz e omelete. Isso é bom.

Trasncrito no dia 6 de junho de 2009, por Alessandro de Oliveira Arantes.

UERN REALIZA ASSEMBLEIA ESTATUINTE NOS DIAS 24, 25 E 26 DE JULHO

UERN REALIZA ASSEMBLEIA ESTATUINTE NOS DIAS 24, 25 E 26 DE JULHO


Após 20 anos, os segmentos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) - professores, estudantes e servidores técnicos administrativos, discutem a mudança no conjunto de leis que regem a Universidade, numa forma de adequá-las ao crescimento verificado ao longo desses anos, às políticas de capacitação docente, incremento da Pesquisa, programas de Pós-Graduação, entre outros temas.

A UERN vivencia um processo de diálogo e de coleta de propostas em torno da reformulação de seu Estatuto. O Processo Estatuinte, instalado em março de 2008, chega ao seu momento mais importante com a Assembleia Estatuinte, marcada para os dias 24, 25 e 26 de julho. A Assembleia ocorrerá no auditório Amâncio Ramalho, da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).

O processo é coordenado pela Comissão Executiva do Processo Estatuinte (CEPE), que tem como presidente o professor Lúcio Ney de Souza. O processo contou com 19 subcomissões, que enviaram suas propostas à CEPE.

O processo Estatuinte será encerrado oficialmente no dia 31 de agosto, quando a proposta do Estatuto será entregue ao Conselho Universitário (CONSUNI), que fará a homologação da nova lei.

SOBRE A ASSEMBLEIA - O credenciamento ocorrerá no dia 24 de julho, a partir das 8h30 e em seguida, às 10h, será instalada a Assembleia Estatuinte, pelo presidente do Conselho Universitário da UERN (CONSUNI), reitor Milton Marques de Medeiros

Os trabalhos seguem nos dias 25 e 26 de julho, nos turnos matutino, vespertino e noturno, até que sejam aprovadas as propostas que irão compor o Estatuto da UERN. Terão direito a voto 220 delegados representando os segmentos dos docentes, discentes e técnicos administrativos. O peso dos votos será o seguinte: 50% professores, 25% discentes e 25% técnicos administrativos.

SERVIÇO

Assembleia Estatuinte
Local: Auditório Amâncio Ramalho (UFERSA)
Data: 24 a 26 de julho de 2009
Horário:
Credenciamento - 8h30 às 10h (dia 24)
Instalação da Assembleia Estatuinte - dia 24 de julho, às 10h
25 de julho- manhã, tarde e noite
26 de julho - manhã e tarde (até finalizar o Estatuto)


Contatos:
3314-3452 - CEPE
E-mail: estatuinte@uern.br

ACIDENTE DE TRÂNSITO

Indo para a faculdade hoje, por volta das 19h, deparamos com um acidente já bem próximo a Macau.

De longe vimos o tumulto de carros, pela quantidade de sinaleiras dando alerta.

Fomos aproximando, quando de repente lá estava uma moto deitada no asfalto, e um corpo de um rapaz estirado no chão. A cabeça dele estava em banda como se fosse serrada ao meio, e ao lado restos da massa cefálica com miolos, restos de crânio e a poça de sangue ao derredor. Mais uma vítima de acidente de transito, dessa vez por imprudência do próprio piloto da moto. Pois segundo comentário, ele foi atender um telefonema com a moto em movimento, além de estar sem capacete. O mesmo não viu um buraco na pista a sua frente que quando passando por cima do buraco se desequilibra, cai e a carreta passa por cima de sua cabeça, fazendo mais uma vítima fatal.
Quando chegamos na cidade mesmo, o surgiu mais um comentário, dizendo que além daquela vítima que se encontrava ali no asfalto, também tinha outro colega que ia com ele na moto, que veio falecer no hospital em Macau. Neste caso a conta passa de uma para duas vítimas.
Ai fica a lição de que em transito todo cuidado é pouco. A vida só é uma, e devemos preservá-la da melhor forma possível.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

AMOR PLATÔNICO

Amor Platônico só existe na imagiação de uma pessoa, e o outro nem desconfia que é amado. Se você está nessa situação, só temos uma coisa a dizer: não queríamos estar na sua pele.

ADIVINHA O QUE É

Sou uma ave bonita
Tente meu nome escrever
Leia de traz para frente
E omesmo nome irá ler

Fonte: Almanaque do aluno nº 02

PARA PENSAR UM POUCO

"APRENDER É A ÚNICA COISA DE QUE A MENTE NUNCA SE CANSA, NUNCA TEM MEDO E NUNCA SE ARREPENDE."

(Leonardo da Vinci)

AULA DE HOJE

NÃO HAVERÁ AULA HOJE

Hoje seria aula do professor Akailson, com a disciplina de Literatura Portuguesa I, mas, segundo a nossa colega de classe Mayara, não haverá aula hoje.

CONTOS CURTOS

Numa noite qualquer...
(inspirado no conto de Clarice Lispector; Ruídos e Passos)


O pai vê a filha se esfregando no travesseiro. Ele acende a luz do quarto e diz num tom repressor: - Quê isso, menina?.
A menina responde: - Nada, só tô com dor de barriga.
O pai acreditou. Era boa filha.

Numa noite qualquer, o marido vê a mulher se esfregando no travesseiro. Ele acende a luz do quarto e fala num tom repressor: - Quê isso, mulher?.
A mulher responde: - Nada , só tô com dor de barriga.
O marido acreditou. Era boa esposa.

Numa noite qualquer, o filho vê a mãe se esfregando no travesseiro. Ele acende a luz do quarto e fala num tom repressor: - Quê isso, mãe?-.
A mãe responde: - Nada, só tô com dor de barriga.
O filho acreditou. Era boa mãe.

Numa noite qualquer, o neto vê a avó se esfregando no travesseiro. Ele acende a luz do quarto e fala num tom repressor: - Que isso, vó? O que está fazendo?.
A avó reponde: - Nada, só tô com dor de barriga.
O neto acreditou. Era boa avó.

Eles foram os quatros homens de sua vida, ela fez tudo por eles. Foi boa filha, boa esposa, boa mãe e boa avó. Mas, em alguns momentos, sentia-se incompleta.

Fonte: http://www.bestiario.com.br/10_arquivos/contos%20curtos.html

terça-feira, 14 de julho de 2009

LETRA DE MÚSICA

Lanterna dos Afogados

"Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mais ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Uma noite longa
Pr'uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar"

Paralamas do Sucesso

A METADE

A metade

Sinto tantos desejos estranhos
quando te vejo tão sensual
olhar no fundo de teus olhos castanhos
e te fazer feliz de modo sem igual....

acariciar-te por inteira
dizer-te bobagens ao ouvido
deitar-te numa esteira
e me sentir totalmente envolvido...

Pois teu cheiro me desperta o olfato...
tua voz me comanda de forma aberta...
quando sinto a tua pele macia, de fato...
é como ter achado a metade que me completa...

Fonte: http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/0782.html

domingo, 12 de julho de 2009

COM FAZER UM FICHAMENTO

Para fazer um bom fichamento

Tenho a satisfação de apresentar-lhes um modelo de fichamento que poderá ser adotado por vocês tanto na íntegra, quanto adaptado à suas necessidades, bem como servir de estímulo para que elaborem outro totalmente diferente, desde que se prove útil.

Primeiramente, vale destacar que muitos de nós professores continuamos a usar a palavra fichamento, apesar deste termo estar ligado ao mundo da era pré-informática. À época isto queria dizer fazer registro da leitura em pequenas fichas, que eram armazenadas em um fichário. As fichas se prestam a auxiliar o aluno a destacar questões centrais da leitura e participar das discussões em sala de aula, aspectos não compreendidos, termos identificados pela primeira vez etc. Apesar de nos encontrarmos na era da informática, a idéia essencial continua sendo a mesma, uma vez que é possível imprimir o fichamento elaborado no computador, com a vantagem de poder alterá-lo, o que, em tese, ajuda ainda mais o usuário.

Em segundo lugar, quero deixar claro que o fichamento é uma ferramenta didática que permite ao professor conhecer o cuidado do aluno em relação à leitura solicitada, mas ajuda muito mais ao próprio aluno (quando é bem elaborado), pois lhe assegura um método de aprendizado por intermédio da leitura. Portanto, espero que este recurso não seja encarado como obrigação imposta pelo professor para aferir o compromisso com leitura (embora também o seja em certa medida).

A elaboração de um bom fichamento, o qual não deve ser confundido com um resumo, permite ao estudante alcançar ao menos três (3) objetivos, a saber:

1) utilizá-lo em sala de aula na discussão do texto;
2) servir de estudo para melhor domínio do conteúdo, comparando-o a outros textos afins, e, ainda;
3) guardá-lo para uso futuro na forma de consulta, dispensando a necessidade de ter de refazer toda a leitura (levando em conta que muitas vezes não adquirimos a obra).

Para que o item 3 possa ser eficaz é preciso que o fichamento seja bem feito de maneira a despertar rapidamente suas lembranças. Você poderia pensar, mas por quê irei precisar disso no futuro? Talvez sua própria curiosidade intelectual possa levá-lo a necessitar deste recurso em um momento que esteja fazendo a leitura de outra obra que tenha, eventualmente, conteúdo similar. Pode, igualmente, servir de exemplo para trabalhos profissionais.

Assim sendo, passo a listar algumas exigências básicas para se fazer um bom fichamento:

1 Identificar a Fonte da Leitura (Livro, Tese não publicada, Artigo em revista etc);
1.1 Ano da Publicação (ou do documento, caso não tenha sido publicado);
1.2. Nome da Editora (em caso de ter sido publicado);
1.2.1. Número da Edição e/ou da impressão (nem sempre existe em publicações mais antigas);
1.2.2. Número de páginas (do livro e/ou da parte lida).
1.3. Título da Obra;
1.3.1. Título da Obra no Original (em caso de obra estrangeira. Está na ficha catalográfica)
1.3.2 Título do Capítulo ou do trecho lido (caso tenha lido um trecho sem título ou sub-título, procure dar um a partir da frase empregada pelo autor no início de um parágrafo);
1.4. Localização da obra (se obtida em biblioteca, da propriedade do próprio aluno etc);
1.5. Nome do Autor (ou autores) e/ou do Organizador;
1.5.1. Nome do Tradutor (no caso de ser uma obra escrita originalmente em outro idioma);
2. Tema da Obra (Administração, Sociologia etc.);
2.1. Palavras-chaves (caso haja na ficha catalográfica da obra valha-se delas, mas use também as que te pareçam mais indicadas);
2.2. Idéia ou idéias principais do autor (registre as que lhe pareçam as mais importantes. Aqui já se exigirá do aluno um esforço de síntese ao tentar captar tais idéias);
2.2.1. Objetivo (s) principal (is) do autor (nem sempre o autor explicita seu objetivo);
3. Reprodução de trechos da leitura (dos que considerar os relevantes para a apreensão do conjunto da leitura. Importante ao final da reprodução identificar o item e a página de onde copiou);
3.1. Conceitos utilizados acompanhados da explicação do autor;
3.2. Nomes de outros autores ou livros citados no texto (trata-se da bibliografia comentada pelo autor ao longo de seu texto e sobre a qual ele faz referências);
4. Glossário de palavras e conceitos (há semelhança com o item 3.1.,mas há ligeira diferença);
5. Comentários do aluno sobre a leitura (fácil, difícil, o que aprendeu, o concluiu, etc.).
5.1. Dúvidas da leitura que deseja esclarecer em aula (se mais de uma numerá-las).

Quanto a forma de elaboração do fichamento, penso ser apropriado que este seja feito com ao menos duas (2) colunas para melhor divisão e clareza, mas não mais do que quatro (4) a fim de não torná-lo detalhado demais.

Eis aqui um poema de uma das maiores autoras da língua portuguesa: CECÍLIA MEIRELES

TODAS AS COISAS TÊM NOME

Todas as coisas têm nome.
(Tem nome todas as coisas?)

Todos os verbos são atos.
(São atos todos os verbos?)

Com a gramática e o dicionário
faremos nossos pequenos exercícios.

Mas quando lermos em voz alta o que escrevemos
não saberão se era prosa ou verso,
e perguntarão o que se há de fazer com esses escritos:

porque existe um som de voz,
e um eco - e um horizonte de pedra
e uma floresta de rumores e água

que modificam os nomes e os verbos
e tudo não é somente léxico e sintaxe.

Assim tenh visto.

sábado, 11 de julho de 2009

A Língua Brasileira


Artigo escrito, em 1983, pelo professor, crítico literário, ensaísta e imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras): Afrânio Coutinho.

Em 1935, por Decreto no 25, de 16 de setembro, a Câmara Municipal do antigo Distrito Federal, baixou uma determinação no sentido de "que os livros didáticos só sejam adotados no ensino municipal quando denominarem de Brasileira a língua falada no Brasil (Diário Oficial, 17-09-1935, Atos do Poder Legislativo da Prefeitura do Distrito Federal). Transcrevem-se adiante itens do decreto:

1o - Os livros didáticos, relativos ao ensino da língua serão adotados nas escolas primárias e secundárias do Distrito Federal quando denominarem de Brasileira a língua falada e escrita no Brasil;

2o - Nos programas de ensino, os capítulos referentes à língua pátria deverão referir-se, exclusivamente, à língua brasileira;

3o - As denominações das cadeiras de ensino da língua pátria, em todos os estabelecimentos de ensino mantidos pela Municipalidade serão imediatamente substituídas pela denominação Língua Brasileira.

Como foi que uma decisão dessa natureza não se levou em consideração e passou para os atos que não se cumpre, como há inúmeros no Brasil?

A filologia brasileira e os professores de vernáculo teimam em não enxergar a evidência da transformação radical que está sendo operada na fala e na escrita da língua usada em nosso país. Os professores continuam a ensinar uma língua totalmente defasada em relação ao uso. Quem faz uma língua é o povo, todos sabemos disso. Desde o século XVI que a nossa está sofrendo um impacto violento das novas condições geográficas, políticas, sociais, literárias, interpretados pela população local. Inúmeros são os testemunhos que referem essa transformação. E os escritores utilizam as formas novas e as interpretam, em sintonia com a fala corrente. Exemplo gritante é o de Gregório de Mattos, criador de uma tradição nova que a linguagem literária adotaria e desenvolveria através dos séculos. O Padre Antônio Vieira escandalizou os ouvintes em Lisboa, ao pregar com o sotaque brasileiro (já no século XVII). Ele mesmo recomendava aos noviços na Bahia que seguissem a língua "brasílica" ao pregar aos silvícolas.

Há um divórcio muito profundo entre o que ensaiam os filólogos tradicionalistas e lusófilos e o que pensam e praticam os escritores. Os primeiros fazem finca-pé na defesa das normas lusas. Perguntei certa feita a um professor se ele considerava erro, numa prova, o aluno escrever - eu vou lhe visitar hoje. Imediatamente respondeu que sim. E se seu filho, na mesa, disser coisa semelhante, que fará? Ele embatucou.

Enquanto isso os escritores, na linguagem literária, há muito tempo, já oficializaram a língua falada, já a introduziram na sua escrita, já lhe deram foros de cidade. E a evolução dessa prática só tem sido crescente e alarga-se. Ninguém conseguirá deter essa onda, nem toda a filologia tradicional junta.

O que temos de fazer é adotar logo a denominação "língua brasileira" como título da nossa língua.

Os holandeses assim o fizeram em relação à língua materna - a alemã. Hoje só se referem à língua holandesa e não gostam quando alguém lhes fala em alemão.

Por que continuamos com essa atitude de subserviência e não partimos para dar curso à resolução da Câmara Municial do antigo Distrito Federal? É uma opção que se impõe a um povo de 130 milhões de habitantes, senhor do seu destino. Aliás, já Gonçalves Dias empregou a expressão "língua brasileira".

POR UMA FILOLOGIA BRASILEIRA

A diferenciação lingüística do Brasil é um fato insofismável, e a própria linguagem literária veio progredindo no mesmo sentido, tendo-se acelerado a partir do Romantismo. José de Alencar defendeu-se e o próprio Gonçalves Dias já fala em língua brasileira. Há um grande divórcio entre os escritores, que a praticam, e os filólogos, que propugnam uma intransigente fidelidade aos cânones portugueses. Sobretudo, no século XIX, os filólogos e gramáticos optaram por essa orientação, o que redundou num recuo em favor da norma lusa. A discussão em torno do Código Civil, em 1902, quando se digladiaram Rui Barbosa e Carneiro Ribeiro, constituiu o clímax dessa reação lusófila. Outro fator importante na mesma direção foi a influência de um pseudo-filólogo, Cândido de Figueiredo, ao iniciar a moda dos consultórios gramaticais do que se deve ou não deve dizer, como se a linguagem de um povo fosse um fenômeno resultante de pressão de cima para baixo, consoante uma teoria do certo ou errado, que a lingüística moderna pôs por terra.

Mas os consultórios difundiram-se por todo o país, e o ensino do vernáculo a se fazer com a linguagem submetida a uma camisa-de-força. Quem estudou a língua nas primeiras décadas do século XX sabe disso e sabe como foi grande o fosso entre a língua falada e a escrita. E assim foram também educados os professores de português.

Por isso, a codificação da linguagem dominante no país não foi efetuada. Poucos eram os que reagiam na defesa da fala brasileira.

Aos poucos espaçadamente, sempre apareciam os que se situavam do lado de cá. Não era fácil porque a presença da filologia lusa era maciça e prestigiosa, e os que não seguiam cegamente não eram levados a sério.

De qualquer modo, temos adquirido cada vez maior consciência de que se impõe a criação e consolidação de uma filologia brasileira, dedicada ao estudo e codificação da linguagem brasileira, fenômeno vivo de mais de cento e vinte milhões de falantes. Ainda temos o vezo herdado de malsinar a fala corrente e coloquial dos brasileiros, sobretudo a dos jovens, que estão produzindo verdadeira revolução nesse particular, com a agravante de se espalhar através da televisão e outros meios de cultura de massa. Não há gramática tradicional que resista à profunda transformação que se está realizando graças à juventude, que não sofre o que sofreram os seus pais e avós - a escravização à norma tradicional através da escola, que era instrumento altamente reacionário e retrógrado, como ficou afirmado acima. Para isso, concorreu muito a decadência do ensino oficial arcaizante do português.

Sem dúvida que existe uma pequena mas alta linhagem de filólogos brasileiros independentes, cujo exemplo e lição têm que ser considerados quando se pensar em estabelecer uma filologia brasileira. Pergunto sempre se os holandeses pensam no idioma alemão sempre que falam e redigem suas gramáticas da língua neerlandesa.

Nós temos uma boa plêiade de filólogos precursores da gramática da fala brasileira, que está na linha do pensamento de Alencar a Mário de Andrade. Aí se encontram um João Ribeiro e um Said Ali, um Antenor Nascentes e um Clóvis Monteiro. Este último, em tese notável, estudou as diferenças entre o português da Europa e o da América, reconhecendo assim o processo de diferenciação, a que Nascentes, num gesto precursor em favor da nossa originalidade, chamou de idioma nacional, chamando a atenção para fatos como o "lheismo" brasileiro, isto é, o uso de "lhe" em lugar do "o" com verbos de regência acusativa, fato generalizado no Brasil: eu vou lhe ver, visitar, convidar, e inúmeros outros que se tornam característicos da linguagem brasileira. É um caso típico de anacronismo um professor marcar erro em trabalho de aluno que escreve "vou lhe visitar hoje", quando sabe que todo o mundo fala assim no Brasil. E este é um fato de sintaxe e não de vocabulário ou sotaque. Esses e outros fatos é que devem ser coletados na elaboração de uma filologia brasileira.

Mas a grande figura dessa luta foi um Professor da Bahia, que, intimorato, enfrentou o maior bastião da reação, a congregação do Colégio Pedro II, com uma tese revolucionária na teoria e na prática que defendia - que eram os valores da linguagem brasileira. Chamou-se Herbert Parente Fortes, e sua obra de vários volumes é um começo e um exemplo do que deverá ser um dia a filologia brasileira. Vanguardista, ele tinha a coragem das idéias que formara, e as afirmava sem rebuços. Vi-o em atitude de verdadeiro espadachim, a esbravejar contra os preconceitos e doutrinas estabelecidas pela inércia e subserviência. Um bravo, cuja obra servirá de modelo aos estudiosos e pesquisadores futuros da nossa realidade lingüística.


O ENSINO DO VERNÁCULO

É de comprovação facílima o fato de que o uso do vernáculo no Brasil vem sofrendo nas últimas décadas uma sensível queda de nível de qualidade. A cada hora, através da imprensa falada, tomamos conhecimento das verdadeiras barbaridades cometidas sobre o uso normal da língua. Há dias, uma personalidade de destaque de um de nossos parlamentos dizia tranqüilamente que "nenhum de nós podemos". Coisas desse jaez ouvimos a todo o momento, conseqüência do péssimo ensino do vernáculo atualmente em vigor.

É claro que nesta censura não estão incluídas as legítimas transformações da nossa língua - oral e escrita - e que vão constituindo a diferenciação lingüística no sentido de se criar a língua brasileira, fato contra o qual não há barreiras que se possam opor. Só a história poderá dar a confirmação dessa assertiva. Não há que confundir as duas faces do problema. No Brasil, a evolução lingüística é um fenômeno irrecusável que só os filólogos e professores reacionários não querem reconhecer. Há fatos lingüísticos de gritante significação - não apenas na área vocabular e fonética, senão também no campo da sintaxe - que falam bem alto quanto à tendência diferenciadora, cada vez mais forte. É caso semelhante ou idêntico ao que ocorreu com os holandeses, que, diante da diferenciação evidente em relação ao idioma materno - o alemão - decidiram batizar a própria língua como holandesa (neerlandesa) e não toleram que se diga que eles falam alemão.

Nós aqui também não levaremos muito tempo para adotar a denominação de língua brasileira, quando se solidificar o processo da descolonização e vencermos o sentimentalismo e saudosismo que ainda nos amarram.

Mas não confundamos as coisas. Dizer "nós vai" ou "nenhum de nós podemos", é simplesmente ignorância, jamais tolerada por qualquer gramatiquinha da língua brasileira. Isso é bem diverso de um fenômeno como "eu vou lhe visitar hoje", e "eu lhe convido para jantar", "há muito tempo não lhe vejo, lhe encontro", ou então "não estou lhe falando", etc. fenômenos esses da linguagem corrente em todo o país, e que, como muitos outros nenhuma gramática normativa tradicionalista jamais conseguirá corrigir. São formas dominantes do país, de acordo com a nossa sensibilidade, ritmo e modo de ser. Esses fatos e muitos outros formarão a nossa gramática, entendida ela como o registro dos fatos da língua de um povo. E não será admissível exigir que um povo de 130 milhões, em franca explosão demográfica, se sujeite às normas tradicionais de outro povo, por maiores que hajam sido os laços de subordinação por todo o modo lamentável.

A literatura já vinha, aliás, integrando, incorporando à escrita muitas formas que eram consideradas espúrias pelos gramáticos. Basta observarmos o que se passou no século XIX entre os maiores escritores para vermos a que ponto a diferenciação lingüística já operava. E não era uma prática inconsciente, como o prova, a pregação de José de Alencar, que sabia o que estava afirmando, senhor que era das teorias lingüísticas de seu tempo. E como o demonstra a reação lusa contra a escrita brasileira, exemplificada no caso comprovado de Raul Pompéia que teve o seu O Ateneu corrigido por mão criminosa, em Paris, para enquadrá-lo nas normas lusas tradicionais (veja-se a "Introdução" à minha edição do grande livro nas Obras do escritor em publicação pela editora Civilização Brasileira).

Com a coragem de sermos brasileiros, estamos agora na crescente comprovação e conscientização da libertação dos laços arcaizantes em nosso mundo novo. Tanto a literatura quanto a língua, ao lado de outras manifestações de nossa alma, como a música popular, evidenciam que somos uma civilização nova, com defeitos graves, porém com muitas qualidades, reflexos do que poderemos chamar o caráter brasileiro. Nossa literatura e nossa música popular são as maiores de toda a América. Nada devemos mais à Europa, no sentido de influência dominante. Não há dúvida que num mundo cada vez mais unido temos relações e recebemos contribuições válidas. Mas não somos dominados nem dependentes. Vivemos a nossa vida, que é peculiar e de características inconfundíveis traduzidas em nossas formas de vida, como a literatura, a música popular,a língua. Que são inconfundíveis. Que são fortes e originais.

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Afrânio Coutinho foi membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), ocupando a cadeira número 33, de 17 de abril 1962 até a data de seu falecimento, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 05 de agosto de 2000, aos 89 anos de idade. Para mais informações sobre Afrânio Coutinho visite a página da ABL na internet:

http://www.academia.org.br/

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O nosso caminho



O nosso caminho é interior. Este é o caminho mais dificil, a viagem mais dolorosa. Somos responsáveis por nosso próprio aprendizado. Esta responsabilidade não pode ser colocada nos ombros de outra pessoa. O reino de Deus está dentro de nós.

Fonte:WEIS Brian/Mensagens dos Mestres/Ed. SEXANTE/pg.07/2001.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Projetos de leitura e escrita I: Organização da prática docente

Disciplina: Língua Portuguesa/Literatura
Ciclo: Ensino Fundamental - 1ª a 4ª
Assunto: Projetos de leitura, escrita, escuta e fala
Tipo: Metodologias

Os projetos de leitura e escrita são fundamentais para a organização da prática de ensino de Língua Portuguesa.

Uma forma possível de organizar o trabalho prevê a elaboração de um produto final, voltado necessariamente a um público externo e distante da sala de aula — por exemplo, comunidade escolar ampliada, jornal do bairro, pessoas que circulam em determinado ponto de ônibus ou metrô.

Esse é um aspecto importante para a aprendizagem de Língua Portuguesa, pois quando se produz textos para interlocutores com os quais não se tem relações de grande familiaridade, é necessário definir explicitamente a imagem que se tem do interlocutor pretendido, para adequar o texto a ele. Da mesma forma, também é necessário definir as condições nas quais o texto circulará.

Escrever para pessoas que circulam em pontos de ônibus, rodoviária ou estação de metrô, traz para o escritor desse texto a necessidade de produzir algo que seja do interesse desse leitor, com linguagem, estrutura e chamadas que despertem a sua atenção. Caso contrário, o texto será descartado imediatamente.

Essa habilidade de antecipar a imagem do leitor e as demais condições de circulação e divulgação do texto — em que gênero será organizado, para qual leitor, com qual finalidade, em que portador, em que esfera de comunicação — é fundamental no processo de escrita.

Isso porque, é a adequação do texto a essas características — que acabam por compor o contexto de produção do texto —, que vai torná-lo mais ou menos eficaz.

Quando se escreve para o professor, para o colega de classe, ou, ainda, para os pais, há a possibilidade de esclarecimento do leitor durante o processo de leitura do produto final, já que a leitura, nessa situação, será feita na presença física do produtor do texto.

Quer dizer, os leitores poderão solicitar esclarecimentos sobre o texto diretamente ao escritor, dispensando-o da tarefa de antecipação das imagens e adequação do texto a elas.

Esse exercício é muito importante no processo de produção de textos que circularão nas instâncias públicas de linguagem — ruas, clubes, igrejas, academia, mídia impressa, televisiva e radiofônica, por exemplo —, objeto fundamental de trabalho na escola.

Esses projetos podem priorizar a leitura, a escrita, ou ambas, quando se tratar de linguagem escrita, ou a escuta, a fala, ou ambas, quando se tratar de linguagem oral. De qualquer maneira, tais práticas nunca serão tratadas de maneira isolada, articulando-se, necessariamente, no desenvolvimento dos projetos.

Um aspecto fundamental para que o projeto possibilite uma efetiva aprendizagem, é a necessidade de se definir e explicitar, antecipadamente, todas as condições de produção dos textos, as etapas de desenvolvimento do projeto, a forma de avaliação e auto-avaliação dos produtos.

Para aprofundar:

Veja também, em Turbine sua aula:

# Alguns exemplos de projetos de leitura e escrita, na dica Projetos de leitura e escrita II
# Como trabalhar com diferentes gêneros, na dica Gêneros do discurso e produção de textos (1ª a 4ª série)

Texto original: Kátia Lomba Bräkling
Edição: Equipe EducaRede

Fonte: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=ensinar_e_aprender.turbine_interna&id_dica=198

CLASSICISMO - LITERATURA PORTUGUESA I

CLASSICISMO - CONTEXTO HISTÓRICO
O Renascimento surgido na Itália , no século XV , espalhou-se por toda a Europa logo no século seguinte . Isso aconteceu em virtude da rapidez da divulgação cultural , a partir da invenção da Imprensa . O trabalho de recuperação e tradução dos textos antigos , desenvolvido pelos humanistas , contribuiu para a substituição gradativa do ensino religioso pelo ensino laico nas universidades . A cultura deixou de ser exclusividade dos membros da Igreja , atingindo camadas mais amplas da burguesia emergente , que a encarava como um meio de destaque social , substituidor dos títulos de nobreza e do sangue aristocrático que ela não possuía . As descobertas científicas recentes voltavam a privilegiar o racionalismo , indicando uma tendência antropocêntrica que ressaltava ainda mais a distância em que o mundo se encontrava da era medieval .
Convencido e consciente de sua capacidade , o homem , agora , preocupava-se com a sua realidade diária , concreta , humana , terrena e menos com a idéias de morte com a salvação da alma . Evidentemente , isso não significava uma onda de ateísmo declarado , mas uma mudança de se tornar a "medida de tosar as coisas ".
Em Portugal , o Quinhentismo ( Classicismo ) teve início em 1527 , quando do retorno do poeta Sá de Miranda de Itália , onde viverá vários anos para estudos . Na bagagem , trazia novas técnicas versificatórias , o "dolce stil nuovo ". Além de introduzir no país o decassílabo ( medida nova ) em oposição à redondilha medieval ( 5 ou 7 sílabas ) , que passou a ser chamada de medida velha , trouxe uma nova conceituação artística . Devemos entender , portanto , que Sá de Miranda não trouxe para Portugal apenas um verso de medida diferente , mas um gosto poético mais refinado .
Juntamente com o decassílabo , passaram a ser cultivadas novas formas fixas de poesia , como o soneto ( 2 quartetos e tercetos , com metrificação em decassílabos e rimas em esquemas rigorosos ) , a ode ( poesia de exaltação ) , a écloga ( que tematiza o amor pastoril ) , a elegia ( revelação de sentimentos tristes ) , a epístola ( carta em versos ) . É preciso lembrar que a substituição do verso redondilha ( medida velha ) , característico da Idade Média , pelo decassílabo ( medida nova ) não se deu de forma imediata , pois ambas as medidas conviveram por grande parte do século XVI .
Os acontecimentos marcantes da história portuguesa do século XVI ( a liberdade predominante durante a dinastia de Avis , as grande navegações ) , contribuíram para o considerável desenvolvimento cultural do país . a obra de Gil Vicente já era um exemplo disso , mas ao longo do século a tendência se acentuou ainda mais . São marcas dessa consolidação : a estruturação de usos da língua portuguesa ; o surgimento ou a reafirmação de autores de produção regular ( como João de Barros , Damião de Góis , Fernão Mendes Pinto nos estudos históricos ; Sá de Miranda , Antônio Ferreira e Luís de Camões no terreno da literatura ) ; o incremento na literatura de autores estrangeiros consagrados ( como Francisco Petrarca , Dante Alighieri e Giovanni Boccaccio ) .
Mas , nesse século , também se deram os fatos que marcaram oficialmente o fim do Classicismo . No ano de 1580 , ocorreu a anexação de Portugal pela Espanha , situação que perduraria por 60 anos . No mesmo ano , a morte do maior autor clássico português , Luís de Camões , encerrava o Classicismo . A partir dessa data , Portugal passará a viver o estilo Barroco , sob a influência espanhola .
O antropocentrismo da sociedade européia descrito acima deságua na identificação com co$6ceitos da cultura greco-latina , que passa a ser valorizada , resgatada , estudada e facilmente assimilada e incorporada a hábitos e tradições e à visão de mundo de artistas e intelectuais europeus . A cultura greco-latina se sobrepõe ao quadro espiritual herdado da idade Média .

TRÊS FACES DO ROMANTISMO BRASILEIRO

Gonçalves Dias – Protagonista da 1ª Geração do Romantismo

A 1ª Geração do Romantismo teve como principal escritor o maranhense Gonçalves Dias. Ele, apesar de não ter introduzido o gênero no Brasil (papel este de Gonçalves de Magalhães), foi o responsável pela consolidação da literatura romântica por aqui.

A exaltação da natureza, a volta ao passado histórico e a idealização do índio como representante da nacionalidade brasileira são temas típicos do Romantismo presentes nas obras de Gonçalves Dias. Assim, sua obra poética pode ser dividida basicamente em lírica (o amor, o sofrimento e a dor do homem romântico - “Se se morre de amor”), medieval (uso do português arcaico - “Sextilhas de frei Antão”) e nacionalista (exaltação da pátria distante - “Canção do Exílio”).

Porém, o traço mais forte da obra romântica de Gonçalves Dias é o Indianismo. Ele é considerado o maior poeta indianista brasileiro e possui em sua obra poemas como “I-Juca Pirama”, onde a figura do índio é heróica, chegando até a ficar “europeizada”.

Utilizador de alta carga dramática e lírica em suas poesias, com métrica, musicalidade e ritmos perfeitos, Gonçalves Dias se considerava uma “síntese do brasileiro”, por ser filho de pai português e mãe mestiça de índios com negros e talvez, por isso, tenha citado tanto as três raças em sua obra, todas de forma distinta.

José de Alencar – O pai dos Romances Indianistas e Urbanos

Os romances do Romantismo levaram ao leitor da época uma realidade idealizada, com a qual eles se identificaram (escapismo, fuga da realidade, típica característica do Romantismo). Entre eles, o romance indianista foi o que mais fez sucesso entre o grande público, por trazer consigo personagens idealizados, representados por índios. Estes “heróis” eram uma tentativa dos autores de simbolizar uma tradição do Brasil, o que nem sempre acontecia, devido à caracterização artificial do personagem, mais “europeizada” ainda que os indígenas de Gonçalves Dias.

José de Alencar foi o maior autor da prosa romântica no Brasil, principalmente dos romances indianistas e urbanos. Tentando estabelecer uma linguagem do Brasil, Alencar consolidou a modalidade no país e lançou clássicos como “O Guarani” e “Senhora”.

O indianismo de José de Alencar está presente no já citado “O Guarani”, além de outros clássicos como “Iracema” e “Ubirajara”. Alencar defende o estabelecimento de um “consórcio entre os nativos (que fornecem a abundante natureza) e o europeu colonizador (que, em troca, oferece a cultura, a civilização). Dessa forma, surgiu então o brasileiro. Em todo o momento, a natureza da pátria é exaltada, um cenário perfeito para um encontro simbólico entre uma índia e um europeu, por exemplo.

Já em seus romances urbanos, José de Alencar faz críticas à sociedade carioca (em especial) onde cresceu, levantando os aspectos negativos e os costumes burgueses. Nestas obras, há a predominância dos personagens da alta sociedade, com a presença marcante da figura feminina. Os pobres ou escravos são reduzidos ou quase não têm papel relevante nos enredos.

Assim é a premissa básica de histórias de Alencar como “Lucíola”, “Diva” e, claro, “Senhora”. As intrigas de amor, desigualdades econômicas e o final feliz com a vitória do amor (que tudo apaga), marcam essas obras, que se tornaram clássicos da literatura brasileira e colocaram José de Alencar no hall dos maiores romancistas da história do Brasil.

Visconde de Taunay – a originalidade do Romance Regionalista

O romance regionalista é um gênero da prosa romântica tipicamente brasileiro, completamente original. Isso se deve ao fato de não ter inspiração em modelos europeus, já que os cenários e enredos são basicamente inspirados em paisagens, costumes, valores e comportamentos típicos de pequenos proprietários de regiões brasileiras.

Assim, o autor da obra considerada como o melhor romance regionalista do Brasil, “Inocência”, Visconde de Taunay, utilizou em sua história todos os elementos que representam o regionalismo. A descrição fiel e objetiva de uma região, os confrontos entre o homem do campo ou do sertão (que possui preconceitos contra os costumes da cidade) e o homem urbano (que é liberal em relação aos costumes e subestima o homem rural) são características presentes em “Inocência”, como melhor representante do gênero regionalista.

Os personagens são aqueles clássicos do romantismo, com as mesmas emoções e o mesmo sentimentalismo só que, adaptados ao quadro regional, deslocados para um cenário diferente, que acaba interferindo em seus destinos.

O que Taunay e outros autores regionalistas pretendiam era “conquistar o espaço brasileiro”, mostrar histórias de personagens que enfrentam problemas em meio à seca e o latifúndio do nordeste, romances passados nos pampas gaúchos ou críticas à sociedade baiana da zona do Cacau. Isso tudo, na maioria das vezes, sem nem conhecer tais regiões.

Gonçalves Dias, José de Alencar e Visconde de Taunay escreveram obras diferentes umas das outras, com elementos próprios e técnicas distintas. Ainda assim, todos tinham o mesmo propósito: contribuir com a formação de uma linguagem e de uma cultura brasileira.

Por Camila Mitye
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/romantismo-no-brasil.htm

Aula de Literatura Brasileira (06/07/2009)

Literatura Brasileira I

Hoje na aula de Literatura Brasileira, 87% do total de alunos da turma de letras do 4º período, faltaram com a pesquisa sobre o romantismo, ou seja, apenas 05 alunos fizeram e levaram a pesquisa pronta.
Por este motivo, foi feito a releitura do texto “TEORIA DA LITERATURA, CRÍTICA LITERÁRIA E ENSINO”, e ficou combinado que na próxima aula (13 de julho de 2009.), será entregue os fichamentos. E, dia 20/07/2009, será feita as apresentações dos grupos em forma de mesa redonda conforme dicas e explicações dadas pela professora Conceição.

domingo, 5 de julho de 2009

  1. A tristeza e a angústia estão aumentando. A indústria do lazer está se expandindo. Nunca tivemos uma fonte de estímulos para excitar a energia emocional como na atualidade. A indústria da moda, os parques temáticos, os jogos esportivos, a internet, a televisão, os etilos musicais e a literatura explodiram nas últimas décadas. Esperávamos que nossa geração fosse a que vivesse o mais intenso oáseis de prazer e tranquilidade. Nós nos enganamos, jamais fomos tão tristes e inseguros.
  2. A solidão está se expandindo. As sociedades estão adensadas. No começo do século XX, éramos pouco mais de um bilhão de pessoas. Hoje, só a China e a Índia têm, cada uma, mais de um bilhão de habitantes. Por vivermos tão próximos fisicamente, pensamos que a solidão seria estancada. Mas nos enganamos novamente, a solidão nos contaminou. As pessoas estão sós nos elevadores, no ambiente de trabalho, nas ruas, nas praças esportivas. Estão sós no meio a multidão.
  3. O diálogo está morrendo. Muitos só sabem falar de si mesmo quando estão diante de um psiquiatra ou psicólogo. Pais e filhos não cruzam suas histórias, raramente trocam experiências de vida. A família moderna está se tornando um grupo de estranhos, todos vivem ilhados em seu próprio mundo.
  4. As discriminações chegam a patamares insuportáveis. Perdemos o sentido de espécie, estamos indocotra o grito de mais de 100 bilhões de células e contra o clamor do fantástico funcionamento da mente que nos acusam de sermos uma única e intrigante espécie. Mas, infelizmente, nos dividimos, discriminamos e excluímos. Não honramos o espetáculo das idéias, nossa capacidade de pensar.
  5. Os pensadores estão morrendo. Os estudantes no mundo todo estão se tornando, em sua grande maioria, do ensino fundamental à universidade, uma massa de repetidores de informações e não de pensadores que amam a arte da crítica e da dúvida. Aprendemos a explorar os detalhes dos átomos e as fornças que regem o Universo, mas não sabemos explorar o mundo de dentro. Temos informações que nenhuma geração jamais teve, mas não sabemos pensar, transformar a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência.
  6. A qualidade de vida está se deteriorando. Quanto pior a qualidade da educação, mais importante será o papel da psiquiatria no terceiro milênio. Apesar dos avanços da medicina, da psicologia e da psiquiatria, o normal tem sido ser ansioso e estressado e o anormal tem sido ser tquanquilo e relaxado. As ciências da psique têm enfocado o tratamento e não a prevenção. Nada é tão injusto como produzir um ser humano doente para depois tratá-lo, produzir as lágrimas para depois aliviá-las.

Fonte: Algusto Cury, 12 Semanas para mudar uma vida, Ed. Planeta