O conto “O moço do saxofone”, da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles, foi escrito por volta da década de 60. No mesmo ano da escritura do conto, logo ele foi publicado no Rio de Janeiro, fazendo parte da obra Antes do Baile Verde , lançada em 1970.
Lygia escreveu o seu conto numa noite do ano de 1966, quando estava num quarto de hotel em Águas de São Pedro (SP), onde se hospedava com o segundo marido, Paulo Emílio. A escritora nomeou o conto como “O moço do saxofone”, que conta a história simples de um caminhoneiro que se hospeda numa pensão.
Mas o conto não demoraria tanto a ficar conhecido do público. No mesmo ano em que foi escrito, no dia 18 de junho foi publicado com destaque no Suplemento Literário que circulou de 1956 a 1974, e se tornou referência entre os cadernos do gênero no País ; Mais tarde o texto veio a ser publicado na década de 70.
Nascida em 19 de abril de 1923, Lygia Fagundes Telles é imortal da Academia Brasileira de Letras desde 1985. Embora tenha começado a escrever e a publicar ficção muito cedo, quando ainda cursava Direito na USP, ela prefere considerar Ciranda de Pedra , de 1954, seu primeiro romance, o ponto de partida de sua obra adulta.
3.1 Aspectos dialógicos e análise do conto
O conto lygiano, de modo geral, entre as décadas de 60 e 70 estava começando a se tornar conhecido do público. Muitos deles foram publicados posteriormente na década de 80. Um desses contos é “O moço do saxofone”, escrito no ano de 1966, numa cidade do interior paulista, como já afirmamos. Esse conto é marcado pela linguagem simples e estilo introspectivo; também, a manifestação de vozes se faz presente, mas sem comprometer o foco no narrador. A voz que prevalece na narrativa é a do chofer, dando a impressão, para o leitor, de um diálogo travado entre diferentes pensamentos do narrador.
Um dos aspectos dialógicos presentes no texto, é sem dúvida, a polifonia ou plurivoricidade, desenvolvida e denominada por Bakhtin (1929) de fenômeno de vozes constituintes de um texto, e que também se trata da interação verbal entre o locutor e o alocutário, e ainda um jogo de vozes que ocorre no interior do discurso presente no texto, seja ele literário ou não (ZONIN, 2006).
3.1.1 Enredo do conto
O enredo do conto, como já dissemos, é simples. A história se passa numa pensão, em que o protagonista de “O moço do saxofone” é um caminhoneiro que "ganhava uma nota alta com um cara que fazia contrabando" (TELLES, 1966) e que, em determinado momento da vida, vai parar numa pensão do tipo frege-moscas - lugar inspirado, segundo Lygia, numa pensão em que ela mesma viveu durante a juventude.
No local, chamam à atenção do motorista a comida ruim, uns anões que se hospedam por lá e uma insistente música de saxofone, triste como o diabo. O homem logo fica sabendo que o saxofonista é um pobre coitado que passa o dia enfurnado num quarto, ensaiando, enquanto a mulher o engana até com o periquito.
3.1.2 Análise e presença de vozes no conto
O conto “O moço do saxofone”, escrito em 1966 e considerado um marco da literatura introspectiva, conta com a participação direta de seis personagens, sendo que o protagonista é um chofer de caminhão. Também nota-se no texto que o narrador é onipresente, o que nos passa a impressão de que o pensamento dele se manifesta com diversas nuanças. Esse pensamento é o do locutor, numa fala bastante introspectiva. Este(s) pensamento(s) do narrador nos conta(m) a história. Vejamos um excerto do conto:
Presença do Narrador:
“Eu era chofer de caminhão e ganhava uma nota alta com um cara que fazia contrabando ”.
“Até hoje não entendo direito por que fui parar na pensão da tal madame, uma polaca que quando moça fazia a vida e depois que ficou velha inventou de abrir aquele frege-mosca”
Presença do Locutor #1:
“Foi o que me contou o James, um tipo que engolia giletes e que foi o meu companheiro de mesa nos dias em que trancei por lá”.
Nesse primeiro excerto notamos uma voz que conta a história; ela preenche a maior parte do texto, por isso a classificaremos como narrador principal, identificando o personagem protagonista. A seguir, a segunda voz identificada no início do conto como o Locutor #1 , que complementa a primeira voz constituinte, nos passa a impressão de uma outra voz do pensamento do locutor, em que vemos um diálogo entre vozes no pensamento do locutor. O efeito de polifonia torna-se evidente nos primeiros parágrafos do texto.
Diálogo do pensamento do Locutor #1:
“Tinha os pensionistas e tinha os volantes, uma corja que entrava e saía palitando os dentes, coisa que nunca suportei na minha frente. Teve até uma vez uma dona que mandei andar só porque no nosso primeiro encontro, depois de comer um sanduíche, enfiou um palitão entre os dentes e ficou de boca arreganhada de tal jeito que eu podia ver até o que o palito ia cavucando”.
“Bom, mas eu dizia que no tal frege-mosca eu era volante. A comida, uma bela porcaria e como se não bastasse ter que engolir aquelas lavagens, tinha ainda os malditos anões se enroscando nas pernas da gente. E tinha a música do saxofone”.
O locutor começa a mostrar as diferentes faces de seu pensamento, também se notam mudanças de temperamento durante as colocações de cada pensamento seu. No primeiro excerto, notamos que o locutor começa a narrar um pouco da rotina da pensão onde residia temporariamente, durante sua jornada como chofer. Ele inicia apresentando os tipos de pessoas que, como ele, estavam de passagem.
Após o seu primeiro discurso acerca do comportamento de que ele não gostava nos clientes da pensão, como por exemplo palitar os dentes. Isto o incomodava. Narra o fato de, após o primeiro encontro dele com uma dona, ele logo a mandara andar, depois de juntos comerem um sanduíche. Tudo por causa da palitada nos dentes. Mas há um detalhe: a última vez parece ter sido pior do que as anteriores, por que junto com as palitadas, ele se assustara com a boca arreganhada dela, e via o que o palito tirava dos dentesda mulher. Com nojo, ele a mandara embora (TELLES, 1979).
No segundo excerto, ele inicia seu diálogo falando de sua situação no estabelecimento, na pensão, e em “seus pensamentos” dizia que ali era uma espécie de “mosqueiro” . Ele não gostava de se alimentar todos os dias naquele local, também reclamava do comportamento dos anões que ali residiam, que ficavam a todo o momento subindo e descendo as escadas, passando por entre as pernas dos clientes e por debaixo das mesas, tocando e agarrando as pernas das pessoas que ali residiam. A cada vez que os anões desciam logo se ouvia um som vindo do andar superior. Logo ele notou que era de um saxofone.
Diálogo entre pensamentos do Locutor #1 (o que explica um determinado acontecimento) e do Locutor #2 (pensamento direto do chofer):
Locutor#2
“Não que não gostasse de música, sempre gostei de ouvir tudo quanto é charanga no meu rádio de pilha de noite na estrada, enquanto vou dando conta do recado”.
Locutor#1
“Mas aquele saxofone era mesmo de entortar qualquer um. Tocava bem, não discuto. O que me punha doente era o jeito, um jeito assim triste como o diabo, acho que nunca mais vou ouvir ninguém tocar saxofone como aquele cara tocava”.
Nesta nossa análise preliminar, no excerto acima vemos que na primeira estrofe, surge uma nova voz, que chamaremos de Locutor #2, que é uma segunda voz do Locutor principal, como se fosse um pensamento indireto, que explica o seu gosto para com o que ele estava vivenciando, o tocar de um saxofone; e também marca e explica o porquê dele não gostar da sonoridade em que estava sendo tocada a música que vinha do quarto. Na segunda estrofe, vemos que a voz principal retorna e desperta o Locutor que logo reclama e explica que o toque era realmente desagradável aos seus ouvidos; ele logo diz que não é sobre o tocar do saxofone, mas sim do tema, que para ele era um tanto triste e melancólico, como se estivesse encobrindo algo que ele não aceitava.
No primeiro momento, antes do diálogo, o chofer começa a observar ao seu redor, e ele notou que sempre que alguém subia para o andar superior, logo começava a surgir uma triste e melancólica música de um saxofone. E assim o conto prossegue, recheado de vozes. Evidentemente, essas tantas vozes dizem ao leitor sempre algo. Vejamos outros exemplos.
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Diálogo entre as vozes constituintes principais
Voz do Chofer Locutor#2
— Sim senhor. Eu disse e James pensou que eu estivesse falando na tal briga.
Voz do James
— O pior é que eu estava de porre, mal pude me defender!
Locutor#1
Mordi um pastel que tinha dentro mais fumaça do que outra coisa. Examinei os outros pastéis para descobrir se havia algum com mais recheio.
Voz do chofer
— Toca bem esse condenado. Quer dizer que ele não vem comer nunca?
Locutor#1
James demorou para entender do que eu estava falando. Fez uma careta. Decerto preferia o assunto do parque.
Voz do James
— Come no quarto, vai ver que tem vergonha da gente.
Locutor#1
Resmungou ele, tirando um palito.
Voz do James
— Fico com pena, mas às vezes me dá raiva, corno besta.
— Um outro já tinha acabado com a vida dela!
Até o momento a chateação do protagonista e de seu companheiro de mesa só aumentava, com o que estava acontecendo naquele lugar. Principalmente com o que ocorria com o moço do saxofone, que permanecia a tocar tranquilamente aquela mesma música triste. A música melancólica, a sua execução insistente e solitária, a despeito de todas as imbricações com o pessoal e contexto daquela pensão, é certamente a principal temática do conto lygiano. E aí está, sutilmente deflagrada, uma multiplicação de vozes. As vozes de um texto, literário ou não, se fazem perceber por diversos aspectos, como subtendidos, interrupções, intertextualidade, discursos indireto ou indireto-livre, pressupostos e vários outros, nem todos esses recursos alcançados na brevidade desta monografia. Vejamos mais um pouco.
Diálogo entre o chofer e o moço do saxofone
Locutor#2
Fui recuando de costas. E de repente não agüentei. Se ele tivesse feito qualquer gesto, dito qualquer coisa, eu ainda me segurava, mas aquela bruta calma me fez perder as tramontanas.
Voz do chofer
— E você aceita tudo isso assim quieto?
— Não reage?
— Por que não lhe dá uma boa sova, não lhe chuta com mala e tudo no meio da rua?
— Se fosse comigo, pomba, eu já tinha rachado ela pelo meio!
— Me desculpe estar me metendo, mas quer dizer que você não faz nada?
Voz do moço do saxofone
— Eu toco saxofone.
Aqui a expressão definidora, no nosso entender, de todo o conto: “eu toco saxofone”. Aqui, a voz que justifica e explica a atitude, talvez passiva para alguns, do moço que toca o seu saxofone incessantemente. Vemos, então, que esta voz se superpõe às outras daquele ambiente. Parece não interessar ao moço a possível traição da sua companheira e nem a reação adversa dos outros. Interessa-lhe somente tocar. Ou, numa outra direção, tocar apesar de qualquer coisa. A música triste e insistente do saxofone, numa voz aparentemente intraduzível, talvez diga tudo, seja o suficiente para aquele ambiente.
3.2 Elementos dialógicos do conto e as sua relação com a realidade
No conto, encontramos muitos elementos constituintes que estão interligados entre si. O que os diferenciam são as relações dialógicas que eles estabelecem. Na maior parte do conto, notamos que o texto é repleto de vozes, que são os múltiplos discursos de uma única voz – a princípio da autora ou do narrador, se assim considerarmos. Evidentemente, sabemos que essa voz a que chamanos de única, na verdade está transpassada por várias outras, como já demonstrado. Ela reflete várias outras: da cultura, da história, da tradição literária, da tradição teórica, da geração de escritores do convívio da autora, entre tantas outras. Esses efeitos causados por essas interferências no texto é o que nos permite dizer que o texto é polifônico, pois nele soam muitas vozes ocultas, num pensamento ou discurso do personagem.
O próprio enredo permite que a autora use de temas do cotidiano para inter-relacionar esses diferentes pensamentos que habitam o texto. À primeira vista, quando se lê superficialmente o conto, tem-se a impressão de um texto onde existe somente um Locutor, o personagem central da história, que conduz a ação. Esse efeito é causado pela ocultação de algumas vozes, e também por alguma voz que se sobressai às demais, mas não escondemos, de fato, outros dizeres.
3.2.1 Marcas de polifonia e relação com a realidade
Como podemos observar no conto, no início do mesmo temos a impressão de um narrador onisciente, ou seja, que sabe o que acontecera na história antes mesmo de qualquer outro personagem. Esse efeito de sentido, como veremos, é criado já nas primeiras frases da narrativa. Também notamos que esse mesmo exemplo nos diz que existe uma relação dialógica atemporal, pois nos sugere que o narrador já vivenciara a história, ou parte dela, em algum tempo anterior ao narrado.
“Eu era chofer de caminhão e ganhava uma nota alta com um cara que fazia contrabando. Até hoje não entendo direito por que fui parar na pensão da tal madame”
“Foi o que me contou o James, um tipo que engolia giletes e que foi o meu companheiro de mesa nos dias em que trancei por lá”. (TELLES, 1979) (grifos meus),
Colocamos neste exemplo essas marcações em negrito para mostrar como essas relações dialógicas se fazem presentes, os verbos no pretérito do indicativo, marcados em negrito, e outras expressões nos mostram uma relação atemporal entre as vozes do texto. Os verbos em negrito nos passam a impressão de que o caminhoneiro foi literalmente jogado na pensão, sem que ele soubesse, e só descobrira aquilou depois de estar lá, após o seu pensamento se manifestar na voz do narrador.
Essas relações entre os diálogos no conto é que nos permitem entender como a autora “brinca” com a realidade de muitos caminhoneiros, simulando as suas muitas caminhadas, idas e vindas, as suas estadas fora de casa em ambientes que, na maioria das vezes, não lhes parecem pessoais. Numa outra relação dialógica, prevalece o sentimento de estar com pessoas estranhas, que querem se aproveitar deles ou, em outro sentido, pessoas que lhes serviriam em algum momento.
3.2.2 As vozes constituintes do conto e suas características particulares
Em “O moço do saxofone” verificamos a presença de diferentes vozes, e cada uma com sua características únicas, o que mostra um texto heterogêneo, mesmo com poucos personagens diretos e outros coadjuvantes na história. A autora conseguiu também interligar os pensamentos de um mesmo personagem, no caso o chofer de caminhão, o narrador, como se fosse ou fossem diversos personagens.
A primeira voz a ser encontrada é a do narrador, que se faz presente diretamente no início do conto. Mas como ele é onisciente e onipresente, está em toda parte, sem que se defina exatamente a sua presença real. Diversas outras vozes estão dentro dessa mesma voz, por isso a impressão de uma voz que se sobrepõe às outras.
Essa mesma voz subdivide-se em outras vozes, que na verdade são pensamentos distintos dele, ou seja, são os interlocutores do personagem, que falam em alguns momentos por ele, explicando, desejando algo, relacionando com elementos distantes e até mesmo se intrometendo na história indiretamente, fazendo com que o leitor ache que o personagem central está dialogando com outro personagem na mesma fala dele.
A primeira voz do pensamento do personagem foi classificada como Locutor #1, pois nela verificamos que essa mesma tem como aspecto explicar alguma situação, fato ou acontecimento que esteja ocorrendo no momento que o personagem está inserido. É a voz mais direta e ativa de todas, pois ela está a todo o momento aparecendo no texto; essa voz causa um efeito de sentido que faz com que ela se comporte como se fosse um personagem real, exteriorizando traços de seu pensamento.
A segunda voz do pensamento dele foi classificada como Locutor #2, por ela refletir o seu temperamento durante uma explicação, demonstração de seus motivos. Essa voz conhece parte da história, e ela é mais passiva e indireta que a primeira, pois ela demonstra o que o personagem está sentindo em seu interior, sem exteriorizar o que pensa.
A próxima voz encontrada e classificada é a do Locutor #3, que aparece de repente na história, como uma voz referencial. Ou seja, ela surge como uma voz de pensamento externo e atemporal, pois narra um acontecimento anterior ao que ele está inserido no momento; também essa mesma faz relações com fatos que explicam atitudes, temores e comportamentos do personagem. É a mais passiva e distante de todas.
Outra voz constituinte do texto é a do personagem #2, o James, que a todo tempo aparece dialogando com o personagem central da história. Essa voz é mais passiva, ficando apenas como personagem coadjuvante nas cenas, acompanhando o chofer na mesa, e em algumas estrofes do texto ela se torna ativa, passando a tomar voz em alguns momentos do texto, participando das loucuras do personagem central.
A próxima voz a se manifestar é a do personagem #3, que é a madame, que é dona da pensão onde ocorre a história, é uma voz passiva que aparece somente em alguns momentos, após interferências do personagem principal, que a faz se tornar ativa por alguns momentos, principalmente quando ocorre o diálogo entre eles, e também quando ocorre algum fato na pensão, como explicações sobre algo.
Outra voz importantíssima é a do personagem #5, que é a do moço do saxofone. Essa voz é dividida em duas, a voz direta do moço que aparece apenas quando o personagem principal pergunta algo, é mais passiva, que apenas responde aos questionamentos. A outra voz a aparecer é a do seu instrumento, o saxofone. Essa voz não é considerada como constituinte, mas sim como voz coadjuvante, por ela fazer parte de quase toda a história, mas não ser literalmente uma voz verbal, mas uma voz sonora, que indiretamente reflete os sentimentos do moço.
Essas vozes são interligadas entre si, mas cada uma com sua autonomia e particularidades. Elas fazem parte de uma única voz onipresente, a do narrador, que conta a história por meio das vozes dos personagens, pensamentos diretos e indiretos, que provocam efeitos de sentido, e fazem com que o leitor tenha a impressão de que o personagem está servindo de arcabouço para o narrador passar uma lição maior por trás da mesma, a da relação com a realidade de muitos caminhoneiros - de uma forma suave, cômica e agradável.
Referências:
5 REFERÊNCIAS
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Fonte bibliográfica:
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Achei uma grande merda, a autora deixa muito a desejar o conto não contem uma ordem cronológica além de ser feito com base em historias paralelas que não levam a lugar algum.
ResponderExcluirO final do conto "O moço do saxofone" é o golpe final que termina com a esperança que o leitor tinha em relação ao conto.
Não aconselho a leitura para ninguém.
Queria saber qual os personagens e as características de cada um,podem me ajudar?
ResponderExcluirQueria um resumo sobre o conto
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