A Semana de Arte Moderna de 1922 teve como objetivo principal buscar nas raízes brasileiras e urbanas uma arte legitimamente nacional e cosmopolita.
Desse movimento artístico-cultural surgem muitas figuras artísticas da época. Na literatura destacam-se Mário e Oswald de Andrade; Tarsila do Amaral e Cândido Portinari na pintura; Brecheret, na escultura; Heitor Villa-Lobos, na música; no cinema nacional da época, Ademar Gonzaga, com a revista Cinearte (1926).
No Brasil durante a fase que ficou conhecida como Getulismo, ocorreram fatos que produziram benefícios e malefícios para a sociedade civil. Essa época ficou marcada pela concessão que o então Presidente da República da época, Getúlio Vargas, fez à classe operária, também à política trabalhista de mobilização e controle das massas. Nesse período o país estava entrando numa das fases mais sombrias da era Vargas, quando o governo central passou a adotar medidas enérgicas, ao aprovar a Lei de Segurança Nacional, em 1935, causando problemas aos opositores do governo, fazendo com que eles se agrupassem em torno da Aliança Nacional Libertadora. A resposta do governo foi breve, e em 1937 foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda, que teve como objetivo principal, ter controle absoluto sobre a imprensa, instaurando a censura prévia, em que ela era usada como método de controle, decidindo o que podia e o que não podia ser publicado, influenciando a opinião pública a favor do governo.
As artes de maneira geral procuravam seguir seu próprio caminho, passando a se organizar em grupos e companhias, primeiro com a companhia teatral de Procópio Ferreira; com o filme A Voz do Carnaval, em que Carmem Miranda, por exemplo, fica famosa. Lúcio Costa e Oscar Niemeyer chamam a atenção para a arquitetura brasileira, que estava começando trilhar um caminho de sucesso. Nessa época começam a surgir e tornarem-se conhecidos os romances regionalistas e estudos relacionados à sociedade brasileira. Destacam-se nesse período Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Gilberto Freire.
Nas décadas de 40 e 50, a literatura brasileira começa a traçar novos rumos. Na prosa, surgem tendências diferentes do romance regionalista, a prosa psicológica e introspectiva e os contos intimistas. Seguindo essa tendência, Lygia Fagundes Telles se fixou nessa nova prosa que estava surgindo. Ela desenvolveu uma postura muito próxima à de Clarice Lispector.
A literatura dos anos cinqüenta retoma e transforma o regionalismo, enveredando por caminhos experimentais, particularmente com Guimarães Rosa. Em 1956, é eleito Juscelino Kubitschek, com um governo mais voltado para o desenvolvimento industrial, visando provocar a entrada de capitais estrangeiros, durante seu governo. Nasce Brasília, a nova capital do país. Passado o governo de Juscelino, foi eleito Jânio Quadros, que teve um governo rápido como um meteoro, tendo que renunciar após instaurar alterações na política, forçando o então vice-presidente João Goulart a assumir.
Nos anos 60, floresce o movimento Hippie. Nesta época iniciaram-se e se tornaram famosos os festivais de música popular brasileira, consagram-se vários nomes entre eles Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso, além do Tropicalismo dos baianos e da Jovem Guarda de Roberto Carlos. Enquanto isso, no cenário político brasileiro, muda-se os governos militares. Nessa época surge O Pasquim, considerado o primeiro jornal alternativo, por se opor aos regimes em vigência naquele período. O jornal foi muito bem aceito pela sociedade, proporcionando a sua circulação do mesmo em todo país.
Finalmente, nos anos 70, o Brasil começa a ser visto como um país em transformação. Houve a abertura política, o fim do regime de exceção e a anistia. Também foi a época em que afloram e se tornam famosas as obras de Lygia Fagundes Telles.
Referências
ARANTES, Alessandro de Oliveira. Aspectos dialógicos em "O moço do saxofone", / Alessandro de Oliveira Arantes. – Macau, RN, 2011. 51p.
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