Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,
É verdade, Senhor, que hei delinqüido,
Delinqüido vos tenho e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
Maldade que encaminha à vaidade,
Vaidade que todo me há vencido.
Vencido quero ver-me e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.
Arrependido estou de coração,
De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços que me rendem vossa luz.
Luz que claro me mostra a salvação,
A salvação pertendo em tais abraços,
Misericórdia, amor, Jesus, Jesus.
O conflito permanente do poeta cindindo entre a consciência do pecado e a necessidade da salvação, entre o desejo da transgressão e a solicitação do perdão, entre certezas divinas e dúvidas terrenas,...
Gregório de Matos
Fonte: http://www.filologia.org.br/abf/volume3/numero1/01.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário