quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A romanização e o latim vulgar (Aspectos gerais)

ARANTES, Alessandro de Oliveira (UERN)

Introdução

Todas as línguas ibéricas derivam do Latim, exceto o Basco. A origem do português remonta ao Latim, desenvolvendo-se após a evolução da língua latina vulgar, misturada aos dialetos da península ibérica na época das colonizações. Nessa região, foram desenvolvidos dialetos nativos, que ao se misturarem ao Latim vulgar, deram origem a outros dialetos mais fortes, entre os quais, foram formadas vulgarmente, adquirindo aspectos de pronúncia e escrita diferentes da padrão latina, passando a adotar vocábulos comuns entre as duas línguas, além dos neologismos criados.

Aspectos  históricos

Na península ibérica, as antigas línguas, chamadas de neolatinas, eram línguas variacionais, que por sua vez possuem base latina, entre elas destacam-se: o galego-português, o astur-leonês, castelhano, navarro-aragonês e catalão, sendo que, esta última, bem diferente das demais línguas, assim como o basco, que evoluiu do provençal, além disso, o mirandês, uma língua leonesa, falada em Portugal, também são considerados descendentes do Latim. Na Espanha, são oficiais o Castellano, ou língua de Castela e Navarra, conhecido como o Espanhol Padrão, o Galaico ou Galego, língua da região de Galiza, e o Catalão, da região da Catalunya, já o Euskara ou Basco, por ser falado por uma minoria, também é um língua oficial da Espanha, mas muitos bascos, assim como os catalães, não se consideram espanhóis.

Aspectos evolutivos

Como o latim vulgar era a língua da maioria da população romana, ela se espalhou para várias regiões da Europa, através das conquistas e expansão do território romano, sendo a principal causa do surgimento das línguas, a mistura de dialetos, vocábulos romanos, impostos aos povos submissos ao império, mas que preservaram as suas línguas nativas, misturando-as a língua imposta pelos conquistadores. Existem muitas semelhanças entre as línguas neolatinas, principalmente na escrita e significação das palavras, já na pronúncia e fala, as diferenças são mais notáveis, mas mesmo assim, percebemos algumas semelhança, como por exemplo: no latim: Passione> Português: Paixão; onde notamos a evolução na escrita, por a pronúncia ter sido modificada ao longo dos anos.

Considerações finais

Essas evoluções são apenas uma parte do montante linguístico que nos rodeia, e que damos pouca atenção, mas mesmo assim, aprendemos mais sobre a língua quando estudamos o seu passado, e percebemos o quão rica ela é, por ser uma mescla de várias culturas, representadas através das palavras, que compõe o nosso vocabulário, e que faz da língua portuguesa, uma das mais importantes da humanidade. 

Referências:

CARDEIRA, Esperança. O essencial sobre a: História do português. MATEUS, Maria Helena M.& VILLALVA, Alina (Orgs.) Coleção Essencial: Editorial Caminho. Portugal, 2006. 

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