Conceituam-se como expressões idiomáticas aquelas que, perante os estudos linguísticos, são destituídas de tradução. Pode considerar-se que fazem parte daquilo que chamamos de variações da língua, uma vez que retratam traços culturais de uma determinada região. Dotadas de um evidente grau de informalismo são geradas por meio das gírias e tendem a se perpetuar ao longo de toda uma geração.
Desta forma, ao analisarmos as imagens que seguem constatamos que estas nos remetem a dizeres já bastante conhecidos e até “cristalizados” no tempo. Observemos, pois:
Assim, já ouvimos muitas que “fulano engoliu um sapo”, ou que “fulano pisou na bola”. Estas, assim como tantas outras revelam um discurso específico, uma vez que “engolir um sapo” significa receber uma “bronca” e “pisar na bola” revela uma atitude considerada inaceitável”.
No intuito de aprofundarmos ainda mais nossos conhecimentos no que tange a este assunto, analisemos alguns casos representativos:
Armar um barraco – criar uma confusão em público.
Ao pé da letra – literalmente.
Arregaçar as mangas – dar início a uma determinada atividade.
Bater as botas – falecer.
Boca de siri – manter um segredo referente a um determinado assunto.
Cara de pau – descarado, sem-vergonha.
Chutar o balde/chutar o pau da barraca – perder o controle, a calma.
Descascar o abacaxi – resolver um problema complicado.
Encher linguiça – enrolar, ocupar o tempo por meio da embromação.
Lavar as mãos – não se envolver com um determinado assunto.
Pé na jaca – cometer excessos (enfiar o pé na jaca).
Quebrar o galho – improvisar.
Segurar vela – atrapalhar o namoro.
Trocar as bolas – atrapalhar-se.
Trocar os pés pelas mãos - agir de modo desajeitado, apressadamente.
DUARTE, Vânia. Expressões idiomáticas. Gramática. Língua Portuguesa. Equipe Brasil Escola, 2012.
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