terça-feira, 18 de setembro de 2012
ASSASSINARAM O PORTUGUÊS
Assassinaram o português,
Em plena campanha política em frente do mar
Naquela noite, falaram mal os cidadãos
Não sabiam nem como falar avião,
Além de outras palavras,
Que nem eles sabiam pronunciar,
E foi então que falaram lá fora,
Dizendo que não sabia falar,
E aí a galera se apavora,
Quando ele vai enfim falar.
E aí?
Assassinaram o português!
Em plena campanha política em frente do mar
Naquela noite, erraram tanto os plurais,
Trocaram todas as vírgulas e também os tempos verbais,
Deixando tudo no singular,
Além de não entender o que foi falar,
Desceu o pau nos acentos lá fora,
Dizendo que os iria consertar,
Mas mesmo assim a galera deu risada,
Quando um deles foi falar.
E aí, meu irmão?
Assassinaram o português!
Em plena campanha política em frente do mar
Naquela noite, eles falaram dos irmão
Mas não sabiam prestar a atenção,
E se esqueceram do plural lá fora,
Falando sem muita atenção,
Descendo o pau nos acentos e pontos finais,
E achando que tudo isso é normal.
E agora vejo o porquê de tudo isso,
Porque eles não sabem falar,
E ainda dizem nas ruas,
Que sabem falar.
E aí, meu irmão?
Assassinaram o português!
Na campanha política em perto do mar,
Onde todos não entendiam um tostão,
Das palavras, ou dos velhos jargões,
Que vivem há muito tempo,
Apenas fazendo errar,
Naquelas palavras difíceis,
Tentando improvisar,
E é aí que a coisa piora,
Quando um deles tenta melhorar,
E aí não mais para fazer mais nada,
E agora é só escutar.
(Ah!...Ah!...Ah!)
Assassinaram o português!
ALESSANDRO DE OLIVEIRA ARANTES
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