domingo, 22 de julho de 2012

Paz (Deífilo Gurgel)


É preciso deixar o coração
cantar uma canção de amor e paz.
E partir, repartindo madrigais
entre homens, famintos de ilusão.

Porque, amanhã, quem sabe? brotarão
flores e frutos, onde agora jaz
esta flora de pedras e calhaus
e os homens todos se compreenderão.

E mesmo, quem me diz que eu, amanhã,
serei o mesmo lúcido jogral
que ora tange o alaúde sem temor?

Por isto, urge que eu cante esta canção
de amor e paz, um canto universal,
para que nasça e frutifique o amor.

DEÍFILO GURGEL

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