Lembranças
Que falta me faz os amigos,
nessas noites frias,
eu andando,
sozinho,
e ao beirar da meia-noite,
tendo que se contentar,
em contemplar a lua.
A lua que nos acompanha,
que de dia e de noite,
nunca descansa,
no céu pálida,
esburacada e iluminada,
nos dando o privilégio,
de uma noite por si iluminada.
Nessas noites frias,
recordo-me dos tempos passados,
das amizades que passaras,
daquelas que esfriam com o tempo,
daquelas que pegam fogo,
daquelas que ainda hão de vir,
daquelas que ainda não apareceram,
enfim de todas.
Vejo e contemplo o luar,
sentindo e imaginando,
o porque de as pessoas,
que gostam ou não,
da presença de minha pessoa,
se sentirem indiferentes,
deixando de dar atenção,
em prol da sua satisfação,
em agradar aqueles que o identifica.
Nessas noites frias,
vejo com calma e paciência,
a escuridão sublime,
decorada pelas luminescências,
das distantes estrelas,
que decoram o tapete estelar,
que nos faz pensar,
como a nossa vida é rara,
fugaz e passageira.
Com o olhar fixo,
vejo nos céus algo,
que nos faz lembrar,
com a memória que hoje falha,
das lembranças que em mim se guarda,
dos tempos que pensava em ser astronauta,
lembrando das travessuras,
que histórias não faltavam,
e das amizades que me acompanhava.
Nesses dias de glória,
com a fértil e serena memória,
imaginando e brincando,
com o ar das horas,
de castelo à rei,
de carro à bola,
de desenhar à escola,
de montar e desmontar à história,
quão bons os tempos de escola.
Ah! que bons tempos que não voltam mais,
que bom seria reencontrar,
aqueles que fizeram parte,
da minha breve e singela metade,
que me fez ser quem sou hoje,
ainda carrego em minha mente,
as lembranças e imagens,
dos quadros com saudades,
das minhas queridas amizades,
dos tempos que foram,
dos tempos que hoje estão,
dos tempos que hão de chegar,
esperando algo de bom que tanto vi esperar.
Nessas noites amenas,
guardo na memória,
os ensinamentos dos tempos de escola,
que hoje repasso àqueles que no futuro verei,
vencer, mudar a história,
de nossa difícil e perigosa trajetória,
nessa vida cheia de glórias.
Com essa singela e breve escritura,
encerro as minhas simples palavras,
de pensamentos à histórias,
que por uns instantes,
me inspirou a escrever,
me dando a paz,
que em alguns momentos me falta,
por sentir falta,
daqueles que me acompanham,
com amizades e ideias que não faltam,
e que me faz fluir as boas energias,
que às vezes ficam sobrecarregadas,
precisando de alguém para compartilhar-las.
Finalizo fechando o meu pensamento,
que quase não acaba,
por meu cérebro processar muitas palavras,
ideias que quase me atrapalham,
que me faz ser o que sou hoje,
peço a benção de Deus,
para mais uma noite aguardada,
para dormir com calma,
e acordar com a paz e a tranquilidade,
abençoada pela luz maior,
pelo brilho de sua luz,
através do nosso e querido sol.
Alessandro De Oliveira Arantes
Escrita em: 17-03-2012
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